acne: qual o melhor tratamento

Acne: qual o melhor tratamento?

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Apesar de muitos acreditarem que a acne é um problema tipicamente adolescente, você sabia que 56% da população brasileira adulta têm acne? E, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, esse é o principal motivo pelo qual as pessoas buscam um dermatologista.

Apesar de não ser um problema que apresente riscos à vida, pode afetar a autoestima de uma pessoa. Por isso, o paciente deve procurar um dermatologista e iniciar um tratamento o quanto antes, a fim de evitar marcas permanentes pós-acne.

Continue lendo e saiba mais sobre esta doença e suas formas de tratamento.

O que é a acne?

De forma simplificada, é uma doença causada pela obstrução dos folículos pilosos – onde nascem os pelos – por conta da produção excessiva de sebo e pele morta, associado à colonização de bactérias que infectam o local e o deixam inflamado.

O surgimento da acne é por meio de causas variadas, como a genética, o uso de medicações e até mesmo o estresse. E, mesmo que mais comum na puberdade, época em que os hormônios andrógenos e estrógenos começam a ser produzidos, pode aparecer em qualquer idade.

Conheça 9 tipos mais comuns de acne

1 – Neonatal 

Ocorre por estimulação dos queratinócitos pelos andrógenos maternos e atinge 1 em cada 5 recém-nascidos. Formada basicamente por comedões, se resolve espontaneamente entre o 1º e o 3º mês de vida, sem cicatriz.

2 – Vulgar

É a acne típica do adolescente. Ocorre por elevações hormonais próprias dessa idade (andrógenos) que levam ao aumento da glândula sebácea.

3 – Pré-menstrual

É uma variação clínica com as características da acne vulgar, porém com agravamento na fase pré-menstrual. Esses casos, quando intensos, devem ser submetidos à investigação hormonal, pois, às vezes podem revelar ovários policísticos ou outra doença hormonal.

4 – Acne da Mulher Adulta:

É a que surge na mulher acima de 25 anos e que certamente está associada a alguma disfunção hormonal. No passado a paciente pode ter tido ou não acne vulgar.

5 – Persistente:

É aquela que persiste além da adolescência. No sexo masculino há melhora completa da acne até os 25 anos, mas no sexo feminino pode continuar a ter acne até os 40 anos.

6 – Androgênica:

Devido a produção excessiva de andrógenos por ovários policísticos ou outro distúrbio hormonal. Pode apresentar seborréia, queda de cabelo e aumento dos pelos do corpo associados à acne.

7 – Cosmética

Mais frequente em mulheres de 20 a 40 anos, por uso de cosméticos com substâncias comedogênicas, costuma atingir a testa e regiões pré- auriculares em decorrência de xampu e condicionador em excesso. Não é incomum a concomitância com a acne vulgar. Também pode ocorrer nas costas de pacientes que se submetem a massagens corporais com óleos.

8 – Medicamentosa

Aparece devido ao uso de vários medicamentos como: andrógenos, anabolizantes, corticóides tópicos ou sistêmicos, alguns tipos de anticoncepcionais, vitamina B12, fluconazol, etc.

9 – Acne na Gravidez

Acontece em 25% das pacientes. No início da gravidez ocorre elevados níveis de progesterona, o que é o maior problema no primeiro trimestre em termos de acne. Geralmente a acne na gravidez é moderada e a idade não influencia sobre sua presença ou não.

Graus de Acne

Segundo o Ministério da Saúde, a acne pode ser dividida também de acordo com a gravidade das lesões apresentadas na pele. São eles:

  • Grau I: apenas cravos, sem lesões inflamatórias.
  • Grau II: cravos e espinhas pequenas, com pequenas lesões inflamadas e pontos amarelos de pus (pústulas).
  • Grau III: cravos, espinhas pequenas e lesões maiores, mais profundas, dolorosas, avermelhadas e bem inflamadas (cistos).
  • Grau IV: cravos, espinhas pequenas e grandes lesões císticas, múltiplos abscessos interconectados e cicatrizes irregulares resultando em deformidade da área afetada.

7 dicas para cuidar da pele acneica

1 – Hidratantes

A hidratação tem papel importante para a pele oleosa também, pois melhora sua textura e aumenta a tolerância a outros tratamentos, como os à base de ácidos, por exemplo.

No entanto, vá a um dermatologista para que ele te indique hidratantes específicos para este tipo de pele.

2 – Não lave o rosto com água quente

No geral, procure evitar lavar o rosto com água quente, pois isso estimula a produção de mais oleosidade.

3 – Produtos oil free

Procure utilizar filtros solares ou cosméticos com o rótulo oil free (sem óleo), ou aqueles recomendados por seu médico dermatologista.

4 – Alimentação

Diversos alimentos possuem a capacidade de estimular indiretamente a produção de sebo. Por isso, dietas de baixo índice glicêmico, podem ajudar no controle da acne.

Consuma bastante frutas, verduras e legumes e lembre-se de beber muita água!

5 – Não esprema cravos e espinhas

Além de correr o risco de deixar cicatrizes permanentes da pele, você pode piorar o quadro da acne e causar uma inflamação mais séria! Prefira a utilização de produtos secativos, que ajudam a diminuir a inflamação e a dor, além de acelerar o processo de cicatrização.

6 – Mantenha a pele limpa

Remova a maquiagem todas as vezes que usá-la, pois assim, você evita que os produtos se acumulem nos poros, o que pode levar à formação da acne. Lembre-se de lavar o rosto com um sabonete próprio para sua pele.

Vale consultar um dermatologista para saber qual é o produto indicado e quantas vezes deve utilizá-lo durante o dia.

7 – Mantenha o equilíbrio emocional

O estresse e a angústia refletem diretamente na pele, e podem ser uma das causas do aparecimento de espinhas. Isto ocorre pois a tensão faz com que os músculos por baixo da pele se contraiam, fechando os poros. Como as glândulas sebáceas continuam gerando oleosidade, a gordura se acumula e obstrui os poros. 

Quais são os tratamentos disponíveis atualmente?

Dependendo da gravidade, a acne é uma doença que pode causar muito sofrimento emocional e gerar cicatrizes na pele. Mas a boa notícia é que existem tratamentos eficazes disponíveis e, quanto mais cedo forem iniciados, menos será o risco de danos à pele e à autoestima.

Atualmente, os tratamentos disponíveis para acne incluem:

  • cremes;
  • géis;
  • sabonetes;
  • antibióticos orais;
  • isotretinoína (conhecido como Roacutan).

Além disso, os tratamentos complementares que podem ser recomendados pelo seu dermatologista são:

  • limpeza de pele – para extração de comedões e drenagem de pústulas, nódulos e pseudocistos;
  • infiltração de medicações específicas, quando necessário, como corticoides;
  • tratamento das cicatrizes associadas com peelings, laser e outros procedimentos, como a dermoabrasão, subincisão e preenchimentos cutâneos com gordura ou ácido hialurônico.

Procure um dermatologista

É importante que você entenda que cada caso só pode ser tratado mediante a avaliação de um dermatologista. Por isso, entre em contato com a minha equipe agora mesmo e agende a sua consulta.

Vai ser um prazer te ajudar.